2008-02-20

Emotivamente, eu...


Voei toda a noite em pensamentos, emoções, sensações e desejos... dormi pouco, nos braços dos anjos.
Estou cansada, farta diria até, de andar constantemente inquieta, de ter as emoções à flor da pele... de procurar constantemente o meu porto de abrigo, de nunca saber se vou ou estou.
Estou sempre presente dizem os amigos, pois estou! Será esse o mal? O não conseguir desligar, ou o desligar-me de mim para estar sempre presente nos outros? Não sei, aliás não sei nada.
Cada vez que julgo que estou segura, a salvo de todas as inquietações, algo me vem inquietar e pedir a minha atenção. Sempre foi assim, talvez seja sempre assim...
Sei que não sou nada lógica, que vivo sempre em tornados de emoções e sensações, que quanto mais amo uma pessoa, mais sensível me sinto perante tudo o que a rodeia, que quase adivinho aquilo que as palavras não dizem. Cada vez me convenço mais que os melhores sentimentos são partilhados no silêncio dos afectos...
Todos os grandes momentos de vida que vivi foram gerados em sensações e emoções... A primeira vez que senti os meus filhos mexerem-se dentro de mim, quando ao nascerem os deitaram em cima de mim, quando os beijei entre lágrimas, quando os abraço antes da noite acabar, quando os olho quando o dia começa e o beijo tarda... Quando apaixonadamente me apaixono pelo pôr-do-sol, pelo nascer do dia, pela eterna Montanha, pela chuva que me escorre no rosto, pelo Sol que me beija ao amanhecer... Quando divago sem porto de partida ou chegada...
Não deve ser nada fácil conviver com alguém como eu, uma fulana, que está sempre em constante e permanente inquietação, que repudia as convenções, os moralismos, os preconceitos e que vive ao sabor das vagas de mar...
Procuro mesmo um porto de abrigo? Quero mesmo aquietar a minha alma? Sei lá... Deixem-me voar nas asas das gaivotas, em sopros de vento norte...



(Foto - minha)

2 comentários:

Anónimo disse...

"To be or not to be"

Prefiro "to be".
Constante, leal e sincero.

"Not to be"...tudo aquilo que ofende a sensibilidade. E a razão.

Anónimo disse...

Também acredito nos anjos e nas suas asas celestiais. Cá em baixo devemos tentar ser um pouco anjos uns dos outros e daqueles que, por serem pequeninos, não se podem defender. Acender uma velinha é dizer que estamos com eles na mente e no coração.
Muitos beijinhos e obrigada pelos comentários no meu blog.
Elisabete