2008-08-18

2º almoço bloguista no Pico
















Na continuação do que foi feito no ano anterior este pequeno grupo voltou a reunir-se à volta da mesa, este ano no Restaurante "Ancoradouro" na Areia Larga. Compareceram ao encontro o "Castelete Sempre", "Ilhas do Mar" e "Devaneios", para além dos comentadores Artur Xavier, António Madruga e António Ávila. Foi um excelente momento de convívio. Até para o ano.

2008-08-08

Voou nas asas de uma gaivota...

Já aqui disse que lido muito mal com a morte... com o desaparecimento de pessoas que Amo... Perdi uma AMIGA, alguém com quem vivi momentos únicos, que não se repetirão com mais ninguém porque cada ser, é um ser único.
Conheci a Fátinha quando cheguei ao Pico já lá vão 22 anos, fomos muitas vezes juntas ás consultas quando estavámos grávidas, eu do João, ela da Iolanda. Lembro o seu riso, a sua voz quando integrava um conjunto local, lembro-a cheia de vida, fluorescente como um arco-íris. Lembro-a na última viagem que fizéssemos em Abril de Lisboa para o Pico, conversámos imenso, lembro o som da sua voz, o seu abraço quando me viu, a sua força de viver... Nunca a esquecerei.
Perdi uma AMIGA, mas sei que ela voou ao encontro do Criador nas asas de uma gaivota...
À Iolanda e ao José Manuel envio um beijo... lamento mas não tenho palavras para mais...

2008-08-05

Melancolia...

Ao deslizar os dedos pelas teclas sinto-te como um piano que desliza em sons de palavras... já não te toco há tanto tempo, perdi-me algures na melancolia do vazio e no reboliço intenso por onde tenho navegado.
Ando num rodopio intenso que me ultrapassa e esmaga, como se as horas e os dias acontecessem todos ao mesmo tempo, roubando-me tempo para navegar em devaneios ou perder-me a olhar o Pico. Não tenho tempo, nem para sonhos reais ou para cavaleiros andantes nas minhas nuvens de cetim... esgotaram-me o tempo, até aquele que dedico a este espaço que fala apenas do que me vai na alma... esgotaram-me, arrancaram de mim ilusões e realidades sentidas, destruiram-me o pensamento e o sonho. Vivo dias reais de confusão e ruídos em que os sentidos estão todos voltados para um centro que me escraviza.
Penso no sentido da vida, ou em vidas sem sentido que me vão massacrando, mutilando, em tons de cinza e fumaça...
Quero voltar ao azul colorido dos sonhos e das magias, das palavras da alma que rodopiam em ondas quentes e doces, neste mar eterno que me envolve... quero olhar a minha montanha com os olhos do coração em noites de lua cheia embalada pelo cântico das cagarras... quero abstrair-me do ruído das obras e do reboliço do Pico em mês de Agosto e, tranquilamente deixar-me navegar nesta trilogia única: montanha, mar e cânticos...
Estou cansada, necessito parar, dar um mergulho e perder-me ao sabor das ondas... deixar os dedos tocarem as melodias das tuas palavras, não são as minhas, são as da alma que me segredam ao coração... Não sei se voltei, sabes? Amanhã um novo dia nasce e o rodopio continua, e eu? Bem eu estarei envolvida em ruídos cruéis que como punhais se enterram em mim...
Olho-te de novo, minha montanha e embarco no sonho de amanhã te poder contemplar em azuis de marfim com sonatas de cagarra...