A minha alma vagueia inquietamente inquieta. Por isso deixo o pensamento voar nas asas do sonho. Olha a Montanha, a lua adormece por detrás dela e o mar fica salpicado de prateado. A vida esvai-se por entre os nossos dedos, como areia fina que não conseguimos segurar. Quando damos conta, o tempo passou, os filhos cresceram e os gestos de carinho perdem-se no ar como passo de mágica. Queremos voltar atrás, mas o tempo não retrocede e a vida não espera. Há tantas coisas que devia ter dito, há tantos carinhos que devia ter feito, há tanto amor a brotar do meu coração que deveria ter florido nas pessoas amadas, mas não, tudo ficou adiado à espera de um tempo para o qual não há tempo.A brisa esvoaça no meu cabelo sinto-a como se fosses tu a acariciar-me, como se estivesses aqui em tempo real a tocar-me como aquela canção antiga. Sinto na boca o sabor a mar e revivo os teus beijos. Sinto-te em mim, como pérola que o mar afundou... Onde andarás cavaleiro andante de todos os meus sonhos? Buscas de certeza novos portos de abrigo, novas sensações, e eu? Eu fico aqui, aguardando os beijos que tardam em chegar, o abraço que nunca se deu ou a magia das palavras que nunca se disseram... Por isso deixo-me vaguear na espuma branca e procuro-te para além do infinito, porque nada acaba meu amor, tudo começa...
9 comentários:
Olá Teresa
Muito obrigado pelas amáveis palavras que teve a gentileza de deixar no "Castelete", e pelos comentários que lá vai colocando.
Também visito com regularidade o seu "Devaneios" e queria pedir-lhe um favor : escreva com mais frequência!
Os blogues "limpos" fazem falta, e o seu é um deles.
Sr. José Augusto Soares
Respondo-lhe no meu blog para não massacrar o seu. Obrigado pelo seu comentário aos meus "devaneios", quando o criei foi com a certeza de não ser maldicente (o que por personalidade condeno), politicamente correcta ou incorrecta, fi-lo para mostrar o que meu vai na alma e aquilo que realmente sou. É um blog de emoções, de vivências, de empatias e de amores. Não vou mudar o teor do que escrevo porque não agrada a alguns.Às vezes não escrevo com mais frequência porque, nunca escrevi "a metro". Escrevo todos os dias, no entanto só publico quando a minha alma inquieta o reclama. Agradeço o seu conselho e vou procurar segui-lo. Afinal o que me importa o que pensam de mim? Eu sei muito bem quem sou. Será sempre Bem vindo ao meu blog e muito obrigado.
É necessário ser-se muito estúpida para dizer que o Senhor José Augusto Soares escreve a metro. Julga-se uma grande escritora, não o é, muito pelo contrário. Divaga constantemente em devaneios de amor que nem sei a quem os dedica. Ao contrário do Senhor José Augusto Soares aconselho-a a deixar a escrita e dedicar-se a ser o que é, uma empregada de limpeza, quer em casa, quer no sítio onde trabalha. Remeta-se à sua ignorância.
Senhor escritor
Publiquei o seu comentário única e exclusivamente para explicar ao pseudo-iluminado que quando falei de escrita "a metro" não quis de forma alguma ofender ninguém, nem sequer me passou pela cabeça ser melhor do que ninguém. Muito menos em relação ao Sr. José Augusto Soares, a quem muito estimo. Até acho que não escrevo muito bem, por exemplo uso vírgulas em demasia. Mas confesso que nalguns blogues, em jornais e até em certos livros vejo muita "escrita a metro". Será que lhe toquei num ponto fraco?
teresa, gosto de te ler...
esse escritor iluminado, deve ser um luz apagada.
escreve o que queres este espaço é teu, não precisamos de visitas cegas e igonrantes
vai em frente
Sra Teresa, não é a primeira vez que aqui entro, mas só agora decidi comentar, até porque prefiro guardar os meus pensamentos para mim, ao contrário da sra (que muito bem) os escreve de uma forma extraordinária e quem não gosta, ou não percebe o lado "iluminado" do Português, ou prefere continuar na "escuridão". Porque "olhar não é ver" e quem sabe a diferença percebe o que quis dizer.
Continue com o seu blogue, que eu continuarei a aqui vir, e quanto a pessoas que vêm cá para insultar a sua escrita, cito agora uma frase, que nem sei onde a li:
"Estúpido não é aquele que inova, é aquele que se prende no monótono"
Parabéns mais uma vez pela sua escrita (que adoro) e contine, nem lhe peço para postar mais vezes, porque devaneios não são para sairem na "hora de ponta" mas sim para navegarem nas ondas da vida.
P.S.- Peço desculpa por qualquer erro, mas tento evitá-los, mas nem sempre é possível :)
Cara Teresa,
só hoje voltei a entrar no seu espaço. Li com muito agrado o seu poema. É lindo! Sabe, às vezes também me pergunto onde andará o cavaleiro andante dos meus sonhos!
Algures...
Cara Anónima
Penso pela forma que escreve que é mulher, oxalá encontre o cavaleiro andante dos seus sonhos, se calhar até já encontrou, só não o reconheceu. Eu já encontrei o meu e estamos juntos há 21 anos. Se vem ao meu espaço já reparou que eu brinco com as palavras e deixo a minha alma voar nelas, assim sinto-as vivas. O pior é que às vezes pessoas mal intencionadas ou frustadas querem dar outro sentido ao que escrevo, paciência! Perderia toda a fantasia se os " cavaleiros andantes dos nossos sonhos" não andassem perdidos algures, não é verdade? Volte sempre ao meu espaço. É sempre bem vindo, quem por bem vier.
Cara Teresa,
é muito mais fácil destruir do que construir, é mais fácil dizer mal do que dizer bem de algo, é mais fácil criticar do que ajudar! Por isso não se deixe influenciar por vozes que apenas querem destruir. Deve seguir sempre em frente com as suas convicções, ser fiel a si mesma!
Quanto ao cavaleiro andante... continuo convencida que... algures...
Um abraço
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