2008-04-22

Tempestade...


Não há céu como o do meu Pico. Faz-me regressar às origens. Só me apaixonei por um céu assim, nos tempos da minha infância, quando o olhava em Setembro em Paraduça (terra natal do meu Pai)...
Olho-o da minha janela, o Sol deita-se nas nuvens em perfeito êxtase... o vento sopra forte agitando todas as emoções escondidas... Rendo-me à beleza eterna que o tempo ou o homem não conseguem tocar... O céu do meu Pico é intocável, só pode ser sentido... Pena, tenho daqueles que não o olham com a alma e não se deixam voar entre os cinzentos iluminados de amarelo vida...
Talvez a tempestade nos invada e o coração se delicie perante a imponência da mãe natureza...
Eu... Quem sou eu? divago nas nuvens que me entram pela janela e me tocam de mansinho num beijo terno fantasiado de sensações...
Olho-o, entrego-me, deixo-o invadir-me todo o meu ser... Sou sua, só sua... voando em devaneios sem fim... O que resta para além de mim?... Nada... vagueio por entre nuvens que anunciam tempestade e pelo sol que adormece no mar...
Estou aqui a olhar-te... perco-me estonteantamente apaixonada por ti... não sei o principio ou o fim... divago em ti... enrolada em nuvens de cetim... em tempestade de emoções... Bendidas emoções que vagueiam no vento...

1 comentário:

Anónimo disse...

Sensibilidade sentida e muito bem transmitida nestas belas palavras! O céu do Pico, o céu dos Açores, uma paixão...
Muitos beijinhos e fica bem neste Pico encantador!
Beta