
Lá fora só o som das cagarras entoando cantigas de Amor...
O mar desmaia de prazer nas negras pedras... Cinzas, vermelhos, azuis misturam-se em plena harmonia, formando apenas um...
Os amantes entregam-se ao prazer... fundem-se no silêncio mágico da razão de sentir...
Silêncios... poemas pensados e nunca escritos... palavras que nunca se disseram... só silêncio!
Ébriamente bebo o prazer de te contemplar... deito-me nas tuas nuvens de cetim... sabem a algodão doce... já sabes que sim...
Silenciosamente entrego-me ao prazer de te admirar... sei que és intocável. Não importa... Posso amar-te no silêncio dos tons que me ofereces todas as noites...
Lá fora uma serenata de cagarras embala o início da noite... olho-te ... silenciosamente...
Enfeitiçada por ti... fica apenas o silêncio...