2007-08-21

Aos Homens que choram...

Cresci numa sociedade extremamente machista, em que os homens para o serem, não podiam demonstrar emoções. Cresci ao lado de vários, que não se importando com esses padrões, sempre mostraram o que lhes ia na alma. Vi muitos chorarem, vi muitos comoverem-se, vi muitos deixarem fluir livremente o Amor que sentiam pelas pessoas.

Nunca pensei, no entanto, que chegando ao século XXI ainda existam "pesudo-machos" que usam a prepotência, a arrogância e a ideia que são os donos da companheira com quem vivem e se escondem numa carapaça de ferro onde as emoções são relegadas para o caixote de lixo. Confesso que não aprecio este "tipo de homem", que não viveria com alguém que não deixa brotar os sentimentos sem se importar com o que a sociedade pensa. Admiro os homens que são capazes de sentir, de dar-se, de emocionar-se, de chorar quando algo os toca. São estes que respeito.

A sociedade actual, mais aberta e consciente aceita as pessoas como o são, não diferencia o homem da mulher, ou seja, não padroniza. Claro que o homem será sempre diferente da mulher e a mulher do homem, é na diferença que se complementam, mas não no que respeita a sentimentos, aí todos somos iguais, ou sentimos ou não.

Aos homens que ousam mostrar emoções deixo o meu abraço.

2007-08-13

Partida...



Confesso que apesar de ser cristã lido mal com a morte, não com a minha porque sei que estou de passagem e a porta está sempre entreaberta, muito embora me preocupe se estarei ou não presente nos acontecimentos importantes da vida dos meus filhos. O que me magoa é ver aqueles com quem convivo diariamente e os que amo partirem, fico sempre sufocada e até as palavras me doem, geralmente nessas ocasiões o silêncio apodera-se de mim e, se fosse avestruz, acho que escondia a cabeça num buraco.



A verdade é que não lido bem com partidas, prefiro sempre as chegadas. A chegada é sinónimo de alegria, de festa e mesmo que os nossos olhos derramem lágrimas são sempre um conforto para a alma. A partida é quase sempre um momento de tristeza em que a alma fica dorida e as lágrimas não atenuam a dor, são apenas sinal de sofrimento.


Não acredito que nesta altura da minha vida aprenda a lidar com isto, estou demasiado velha para mudar emoções que fazem parte de mim intrinsecamente.


Sei que vou encontrar em Deus um pouco de paz, mas por enquanto estou triste, apenas e só isto, triste...



2007-08-08

Lágrimas...


Amor Meu, só te queria abraçar e limpar as tuas lágrimas com os meus beijos, não existem palavras para dizer-te o quanto te amo e como percebo o que estás a sentir. Julguei sempre que teria as palavras certas, nas horas certas para te consolar, mas não. Por isso deixa-me abraçar-te e fazer com que os teus olhos brilhem de novo de alegria.




Sabes um Amigo verdadeiro não nos obriga a escolhas, aceita-nos como nós somos. Na amizade verdadeira a única exigência que há é a de sermos amigos e isso implica apoiarmo-nos nas tristezas e rirmos nas alegrias, ficarmos felizes pelos sonhos que os amigos realizaram, pelas metas que atingiram, pelos amores que lhes fizeram bem e, se acabarem mal, o nosso ombro estará lá para os consolar.




Cada vez mais me convenço que a amizade se mede pelas alegrias que conseguimos partilhar, por desejarmos que o nosso Amigo seja feliz e, mesmo que as lágrimas aflorem aos nossos olhos, termos a capacidade de sorrir para eles e por eles.




Um Amigo verdadeiro não pode querer ser o único na nossa vida, não pode exigir que só sejamos dele ou que abdiquemos daquilo que amamos para estar com ele, se assim for, a sua amizade não é verdadeira. Ninguém é de ninguém e, temos que dar espaço aos que amamos para que eles possam seguir o seu caminho e crescer saudavelmente livres, só assim podemos ser amigos.




Pensa no que escrevi para ti e espero que estas palavras ajudem a curar as tuas lágrimas.




Amo-te como és, sem exigências.

2007-08-06

Infinitivamente Castelete...

Hoje ao mergulhar nas águas límpidas que te banham, deixei-me-voar. Voei livre em asas de sonhos e fantasias, de piratas ou sereias que ousamos inventar. As ondas arrastavam-me e eu deixava-me arrastar ao sabor da maré e do vento. Voei livre como se fosse uma gaivota ou uma cagarra em gritos de azul e vento. Lembrei-me de ti, não estavas lá para me ensinar a mergulhar ou desfrutar as ondas. Onde andas meu pássaro azul? Longe de mim e dos carinhos que desfrutamos naquele mar imenso. Onde andas meu cavaleiro andante? Não estavas lá e, com a maré cheia de gente, eu sentia-me só. Faltavas tu, só tu preenches os meus dias e as minhas noites, quando de mansinho, olhamos as estrelas e o luar.
Vem meu pássaro azul, vem meu cavaleiro andante, vamos mergulhar no infinito azul e de mansinho esperar que a lua nos banhe em desejos e segredos de amor...
Amanhã volto à rotina, o castelete permanece em mim, tu estás em mim. E, eu? Eu vou voar na asas das gaivotas ou das cagarras...até ti.

2007-08-04

Almoço de Bloguistas no Pico



Aceitando o desafio lançado pelo autor do casteletesempre, reunimo-nos no 1º andar do Restaurante Lagoa para um almoço convívio. Estiveram presentes os bloguistas assumidos casteletesempre, saomateus2005, ardemares, ilhasdomar, bordado demurmurios, devaneios e um comentador (felizmente não anónimo) Artur Xavier, bem como o Sr. Luís Monte.
Foi um excelente momento à volta da mesa com boa comida e vinho do nosso Pico, regado com ideias e vontade de fazer mais almoços destes. Para o ano contamos que mais bloguistas se unam a nós, que façam da blogosfera uma forma saudável de comunicar, partilhar ideias, debater assuntos sem receios e assumindo aquilo que pensamos. Será que é tão difícil dar a cara? É tão difícil assumir aquilo que pensamos? Penso que não, vivemos numa sociedade livre e um cidadão livre tem direito a expressar o que pensa e tem o dever de assumir aquilo que é.
Conto voltar a reunir-me com este grupo e venham mais, estamos abertos a todos aqueles que querem estar juntos neste mundo que é cada vez mais global. Obrigado casteletesempre. Obrigado a todos os que estiveram presentes.