2008-12-10

Darmo-nos em vez de dar...

Começou a correria, a loucura desenfreada à procura da prenda certa para cada pessoa. Cortei com isso, embora não de forma total (para o ano certamente serei mais radical).
Este tempo deixa-me sempre a pensar se o acto de dar tem alguma coisa a ver com este consumismo assumido em que perdemos tanto tempo nas lojas que deixamos de ter tempo para dar uma palavra amiga a alguém. Afinal o que é dar? Teremos que forçosamente dar algo de material para nos darmos a alguém? Não será mais importante parar um pouco para conversar? Trocar uns carinhos? Dividir emoções? Partilhar gargalhadas ou lágrimas?
Não me revejo no modelo actual de Natal, perdeu-se a magia, esqueceu-se o importante, faltam os afectos, falta a azafama na cozinha para preparar a ceia, falta a família à volta da mesa, falta o diálogo (sem televisão ligada). Compramos tudo, vende-se tudo e, onde fica o Amor? O Amor Daquele que nasceu e morreu por nós? Terá valido a pena a lição que ele nos quis transmitir? Será que alguém ainda a ouve? ou o ruído dos Centros Comerciais consome tudo, até a mais bela mensagem do mundo?
Acreditem ou não, tudo gira à volta do Amor e, dar algo, sem nos darmos, não vale a pena.
Um Natal de Paz e Amor para todos os que passam por aqui.