Perco-me a olhar-te, sinto-te pulsante a emergir da terra, sugando docemente a seiva que te alimenta... A chuva deixa-te encharcada, o vento norte agita-te furiosamente... Continuas ali mesmo assim... para deleite da minha vista preenchida pela tua beleza... saboreio-te, embriago-me com o teu cheiro... entrego-me ao puro prazer de te tocar suavemente, quase a medo... medo de não ser digna de ousar sequer pensar tocar-te... tamanha fonte de beleza, suavidade e efemeridade tu transmites...
Perco-me hoje a olhar-te, amanhã sei que quando te olhar já terás as tuas pétalas abertas ao Sol que te aquece... virei olhar-te todos os dias... sucessivamente as tuas pétalas irão caindo... até ao dia que cairão todas e tu voltarás à terra que te fez nascer...
(Estou cansada de dizer que as fotos são minhas, assim quando tal não acontecer, publicarei a respectiva autoria)
2008-03-06
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2 comentários:
Belíssimo texto.
Bom fim de semana.
Bjs
Beta
Muito bonito.
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