O mar está revolto, geme de tristeza
o céu de negro vestido, olha-o
as cagarras cessam os seus concertos
as gaivotas poisam em terra firme
e eu embalo-me em doce incerteza...
o mar teima em gemer, oiço-o ao longe
obriga-nos a pensar em ondas de espuma branca
varre-me a alma em desalento...
em descontentamento...
Tarda e retarda o momento
em que envolvida em ti
ouço os gemidos do mar, como gritos de prazer
de dois corpos que se fundem num só
em poesia, em magia e encanto...
Agora, só o ouço em pranto
em múrmurios de dor pronunciados
não encontro os teus doces lábios
em acordes declamados...
Tardam as palavras,
Tarda a magia,
tudo é cinzento
até os teus beijos..
Eu não te encontro aqui,
tu não existes em mim...
Nada existe para além dos gemidos
de um mar que se revolta sem fim...
2006-03-25
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