O castanho dourado varreu o verde intenso da paisagem. O verde desmaiou de mansinho no preto imaculado da calçada, o mar mesclou-se de cinzento em odes de boas vindas ao outono. Eu, guardei os amarelos, côr de luz, no armário do verão e desabrochei nos azuis/cinzentos desta estação, como quem deixa para trás as quimeras de um sonho adormecido.
O outono renasce nas cinzas perpetuadas da memória do verão. Quem sou eu? senão folha verde d'outrora que se tornou em castanho dourado nos caminhos da vida!